Ultimamente não me encontro em mim
A alma parece ter trocado de morada
Não deu aviso, não disse quando volta
Deixou-me essa versão de mim que não me agrada
Sinto falta de mim mesma, uma saudade que me corta
Queria encontrar comigo, de manhã, ao abrir a porta
Mas minha alma é deveras delicada para a dureza desses dias
Foi embora, deu adeus e nem ao menos disse se voltaria...
Sobrevivo amarrada às obrigações mundanas que me apressam
Encargos, deveres, sentidos que em nada me interessam
Cumpro esse contra senso, sigo junto aos amigos de manada
Vou em frente alheia a tudo, vivendo em meio ao nada...