segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Assim como nós

"Quem tem porquê viver, suporta quase qualquer como"
Friedrich Nietzche

Talvez Nietzche estivesse errado
Antes permanecesse calado...
Ah, ali está um 'quase' bem colocado
Afinal, nem tudo há de ser tolerado

O porquê já houve, absoluto, o maior de todos
Mas o como me fez abandoná-lo
O porquê era você e o como era distante
Como manter a sanidade nesse contexto extenuante?
E suportar a idéia de não tê-lo à todo instante?
Viver junto de longe e não sucumbir à saudade sufocante?

Resisti o quanto pude
Enquanto possível, iludi-me
Nosso futuro nunca se aproximava
E em um fantasma da minha vida eu me transformava...

Então, desisti

Para poder seguir em frente
Para trilhar o meu caminho
Para não enlouquecer só mesmo em sua companhia

Abracei o passageiro luto
Lhe enterrei na memória
Hoje aprecio o fruto
Maduro
Das lembranças de nossa história