sexta-feira, 15 de junho de 2012

Minhas guerras




O mal inesperado, insuspeito, chega repentinamente
Feito um tapa na cara, me impacta e atordoa
Por um momento, em meio à guerra, perco o chão...
Mas é só por um rápido instante, que perder não é de minha índole
E ajoelhar-me frente ao insucesso nunca é uma opção

Ergo a cabeça e faço frente ao meu algoz
Resoluta e insolentemente determinada!
Sim, internamente uma lágrima escorre...
(Que os inimigos não precisam saber de minhas dores)
Antes devem temer o gélido fio de minha espada
E minha reputação de aniquiladora das almas infiéis

Desprezo os fracos e os elimino a todos,
Um a um, de meu cruel e pujante exército
A eles relego o meu mais profundo desprezo
De forma alguma merecem pertencer ao meu séquito

Após as agruras da batalha, finalmente se encerra o dia
Nossos corpos cobertos de cansaço e sangue inimigo
Anseiam pelo justo repouso, que as forças já escasseiam
E em meios a corpos sem vida seguimos para casa
Feito o que devia ser feito, apenas desejamos voltar
E mesmo nessa hora, a cada passo, sigo conjecturando
Quantos ainda tramam às minhas costas apunhalar...



2 comentários:

  1. Lindo texto... deve ter sido escrito por uma pessoa linda tb.
    bjs

    ResponderExcluir
  2. Você não imagina o quão gratificante é pra mim esse tipo de manifestação. Obrigada pelo carinho! =)

    ResponderExcluir