sexta-feira, 24 de junho de 2011

Transitoriedade

Quanto tempo...
Tempo que passa
Como passa!

Deixa marcas
Lembranças

Tempo pára
Alguns momentos
Instantes simples
Toques suaves
De dias comuns
São gravados na memória
Congelados na retina
E volta e meia
Retornam à vista...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Origami

Eu não sou isso, e tampouco sou aquilo... Antes, sou o reverso do avesso daquilo que vês, disposto em camadas finas e delicadas, interpostas entre si; de uma dureza insuspeita e elegantemente velada, camuflada por uma frouxa e aparente satisfação que lhe deixo perceber e, na verdade, esconde entre dobras invisíveis a melancolia doce e pungente na qual me anelo. Uma melancolia bonita, poética, fora de época... Perigosa, dolorida e tão fatal quanto inútil.


quinta-feira, 2 de junho de 2011

I hope

Esperar é um ato de fé que custa a sanidade ao ansioso.
E eu não posso com isso...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Palavras, apenas...



E novamente em meio às palavras me perco
Muitas e extensas, de todos os tipos e cores
Entre elas acho-me, também, e fecha-se o cerco
Enredam-me por entre espasmos e algumas dores
Aos milhares e aos montes, eu as jogo ao vento
Sem dó nem piedade, evitar nem tento...

Ouvidos “en passant” são pegos de surpresa
Talvez desejassem um enredo mais sucinto
Caíram os papéis, jazem espalhados sob a mesa
Então a síntese esquiva-se, eu quase a sinto
Mas ela se esvai pelo vão do bom senso literário
Simplesmente ao meu bel-prazer (não minto)
Em sentir-me um tanto quanto reacionário...

Sinto muito dizer, mas preciso lhe informar
Não pretendo explicar o porquê nisso me fixo
É sem nenhuma razão aparente que o faço
Pro bem ou pro mal, saiba de uma vez: sou prolixo!

Mas... são apenas palavras.

Lide com isso.