"A minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão".
Cecília Meireles
Poesia sem métrica ou rima, prosa sem nexo... Contradições do meu mundo complexo
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Como faz?
Diálogo entre os seres imaginários e sem noção que habitam minha cabeça:
“Como é que faz quando você esbarra numa bela melodia
E ainda não escreveu nada que possa se relacionar a ela?”
“Põe só a música, ué...”
Simples assim...
“Como é que faz quando você esbarra numa bela melodia
E ainda não escreveu nada que possa se relacionar a ela?”
“Põe só a música, ué...”
Simples assim...
Sorriso
Uma palavra sua e ele aparece
Largo, de uma orelha à outra
Ás vezes, calmo sorriso de contemplação
Outras vezes, traz consigo boas gargalhadas
Estabanadas e sem jeito, barulhentas feito eu
Um gracejo e me desmancho...
A vida é tão mais doce
Quando nos rimos dela
E de nós mesmos...
Largo, de uma orelha à outra
Ás vezes, calmo sorriso de contemplação
Outras vezes, traz consigo boas gargalhadas
Estabanadas e sem jeito, barulhentas feito eu
Um gracejo e me desmancho...
A vida é tão mais doce
Quando nos rimos dela
E de nós mesmos...
Porque escrevo
Escrevo para que as idéias em minha mente possam respirar
Para correr o risco de que, talvez, algum eco possam encontrar
Escrevo para não enlouquecer, pra não me martirizar
Para convencer a mim mesma de coisas das quais falo sem acreditar
O saber e o entendimento das coisas estão em minhas mãos
Entendo e sei tudo, entretanto isso não alivia a dor que sinto
Explicar a dor não a aplaca, nem a dissolve ou a extirpa de mim
Há algum sentido em tudo isso?
Talvez seja apenas o império do acaso
Que nos joga de um a outro lado pela vida
De encontro a pessoas, situações e vazios
De tantos acontecimentos que me sobrevém
Alguns trazem momentos únicos, pessoas especiais
E afetos legítimos, que mesmo poucos, fazem esse circo valer à pena.
Para correr o risco de que, talvez, algum eco possam encontrar
Escrevo para não enlouquecer, pra não me martirizar
Para convencer a mim mesma de coisas das quais falo sem acreditar
O saber e o entendimento das coisas estão em minhas mãos
Entendo e sei tudo, entretanto isso não alivia a dor que sinto
Explicar a dor não a aplaca, nem a dissolve ou a extirpa de mim
Há algum sentido em tudo isso?
Talvez seja apenas o império do acaso
Que nos joga de um a outro lado pela vida
De encontro a pessoas, situações e vazios
De tantos acontecimentos que me sobrevém
Alguns trazem momentos únicos, pessoas especiais
E afetos legítimos, que mesmo poucos, fazem esse circo valer à pena.
Silêncio
Meu fiel escudeiro
Guardião que não me trai
Não me transbordo de mim
Silencio por inteiro
Minha voz se retrai
E até posso passar assim...
Mas por dentro o receio me atormenta
Não me mata, mas me castiga e tenta
Tal é a luta que minha alma enfrenta
Será que o coração aguenta?
Guardião que não me trai
Não me transbordo de mim
Silencio por inteiro
Minha voz se retrai
E até posso passar assim...
Mas por dentro o receio me atormenta
Não me mata, mas me castiga e tenta
Tal é a luta que minha alma enfrenta
Será que o coração aguenta?
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Música
É tão linda, leve, suave feito pluma
Esvai-se, transcende, perde-se na bruma
Preenche-me essa sonora onda de beleza
Aquece-me a alma, aparta-me da tristeza
Ouço a melodia e então de mim ela faz parte
Indolente, aqui adormeço, acordo em Marte...
Não importa quão pouco dure, enfim
Mesmo após seu término, permanece em mim
Esvai-se, transcende, perde-se na bruma
Preenche-me essa sonora onda de beleza
Aquece-me a alma, aparta-me da tristeza
Ouço a melodia e então de mim ela faz parte
Indolente, aqui adormeço, acordo em Marte...
Não importa quão pouco dure, enfim
Mesmo após seu término, permanece em mim
terça-feira, 5 de julho de 2011
O roubo
... e então, na hora de falar, roubaram minha voz
Tentava me expressar, mas roubaram meus sentimentos
Tentava pôr as idéias no lugar, mas me roubaram a percepção
De mãos vazias e coração atordoado, fui rendida
Sobreveio-me a total impotência, num grau jamais percebido
Apossaram-se de tudo, e eu inerte, nada pude fazer
Roubaram-me da alma a dignidade que eu ainda tinha
Senti-me pequena, frágil, imprestável
Senti-me inútil, um peso para o mundo
Senti-me indefesa e desprotegida
Nada entre mim e esse mundo bandido
Nada que impedisse o inevitável
Nada em que me amparar
Nada pra me resguardar
Nada pra me ajudar
Nada pra consertar
Só o tempo ...
Só o tempo pra transformar o infortúnio de hoje
Na indesejável lembrança que me perseguirá amanhã
Tentava me expressar, mas roubaram meus sentimentos
Tentava pôr as idéias no lugar, mas me roubaram a percepção
De mãos vazias e coração atordoado, fui rendida
Sobreveio-me a total impotência, num grau jamais percebido
Apossaram-se de tudo, e eu inerte, nada pude fazer
Roubaram-me da alma a dignidade que eu ainda tinha
Senti-me pequena, frágil, imprestável
Senti-me inútil, um peso para o mundo
Senti-me indefesa e desprotegida
Nada entre mim e esse mundo bandido
Nada que impedisse o inevitável
Nada em que me amparar
Nada pra me resguardar
Nada pra me ajudar
Nada pra consertar
Só o tempo ...
Só o tempo pra transformar o infortúnio de hoje
Na indesejável lembrança que me perseguirá amanhã
sexta-feira, 1 de julho de 2011
E agora?
O que não quer ser sabido é algo intrigante
Serpenteia pela mente, aflige o coração
Não quer ser sabido, mas se faz presente
E nós agonizamos, apenas por querer saber...
Nunca antes de curiosidade padeci
Agora, febril, em seu leito me perco
Serpenteia pela mente, aflige o coração
Não quer ser sabido, mas se faz presente
E nós agonizamos, apenas por querer saber...
Nunca antes de curiosidade padeci
Agora, febril, em seu leito me perco
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