Poesia sem métrica ou rima, prosa sem nexo... Contradições do meu mundo complexo
domingo, 29 de abril de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
Por isso ela sorria...
E de tanto que ouvia
O som da cotovia
A menina se sorria
E, enquanto pernas havia,
Ela, estabanada, corria
E por mais que se fazia
A cotovia fugia...
E essa graça fugidia
Esbarrava na calmaria
E no sossego daquele dia
“Aquieta menina!”
Sua mãe lhe dizia
Enquanto a pequena se ria
Ria um pouco mais e corria
Ela e sua cotovia...
domingo, 15 de abril de 2012
Sobre a ineficácia do processo da escrita enquanto explanação sobre mim mesma...
O que escrevo é apenas o que escrevo. Só.
Mas o que escrevo nem sempre é tudo o que eu quero dizer, ou, somente o que quero dizer.
Porque seja lá o que eu queira dizer, isso se transforma de acordo com seu entendimento.
E com relação ao seu entendimento, sinceramente me frustra não poder controlá-lo ou orientá-lo...
Da mesma forma, os sons me saem da boca e chegam de outra maneira aos seus ouvidos... Uma eterna incompreendida? É, talvez sim, talvez essa seja eu.
Por mais que eu me esforce em delimitar o significado da mensagem, não posso evitar que o que você entenda seja o produto do que suas referências enxergam no que escrevo. E você interpreta o que eu mal consigo explicar... E quer explicar como se soubesse melhor do que eu... E você não pode fazer isso, porque essas palavras não são o que eu sou, mas fazem parte do meu todo. Esse todo já é tão bagunçado, não me venha bagunçar a mim, você também.
O texto ainda é sofrível, não por falta de esforço... A poesia é relapsa e sentimentalóide, a sonoridade quando existe, é acidental... A prosa às vezes não sabe à que veio... Aos incautos que por aqui passam, talvez não deva transparecer um propósito. Mas ele existe, juro! Está aí, em algum lugar...
O tempo é o meu e o espaço é ao léu.
À mercê do seu juízo mudo, continuo escrevendo.
Sei que você lê e me julga. Se isso é bom ou ruim, espero um dia poder descobrir...
sábado, 7 de abril de 2012
Click!
Fora de hora, fora de contexto, de forma absurda,
Numa hora inesperada, às vezes com alguém que
(aparentemente) nada tem a ver com você
Acontece, repentinamente, assim, de súbito,
Um arroubo, um arrebatamento...
E o tempo congela por alguns instantes
E a alma escapa do corpo por alguns segundos
E a leveza é tanta que os pés saem do chão
E a ansiedade é tal que o coração acelera
O êxtase é tamanho que o ar lhe falta...
Tais momentos, em sua maioria breves,
Podem justificar toda sua história pregressa
Mas também trazem consigo a nostalgia
Que pode estragar toda uma existência futura...
Numa hora inesperada, às vezes com alguém que
(aparentemente) nada tem a ver com você
Acontece, repentinamente, assim, de súbito,
Um arroubo, um arrebatamento...
E o tempo congela por alguns instantes
E a alma escapa do corpo por alguns segundos
E a leveza é tanta que os pés saem do chão
E a ansiedade é tal que o coração acelera
O êxtase é tamanho que o ar lhe falta...
Tais momentos, em sua maioria breves,
Podem justificar toda sua história pregressa
Mas também trazem consigo a nostalgia
Que pode estragar toda uma existência futura...
terça-feira, 3 de abril de 2012
Perdas e ganhos
Que posso eu fazer com os retalhos dessa história?
Um ‘talvez fosse... ’ que nem sequer chegou a ser
As lembranças fervilham revoltas em minha memória
Preciso, tento, e ao mesmo tempo, não quero esquecer
É o preço que pago pela repentina e inesperada glória
Que me aprisionou nesse jogo em que só faço perder...
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