Quando pensava o futuro não era esta figura que almejava
Mirava um tempo distante e uma imagem diversa enxergava
Delineava conquistas enquadradas em planos de sonho...
Hoje me movo de arrasto em meio a um cotidiano enfadonho
Do que havia traçado não alcancei nem um rascunho medonho
E a cada horizonte o sol nasce um pouco mais tristonho
Estar tão longe da ideia original é uma contingência
imprevista
Quando mais me debato, mais me encarcero nessa teia sinistra
Quero crer que haja jeito e que essa dor será, um dia,
finita
E que a aurora que resplandece na janela voltará a ser bonita
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