domingo, 31 de agosto de 2014

Enfim


 O vazio envolve-me em sua ausência
 é essa agora a vida, triste ambivalência
 ter é não ter, querer não é poder
 da inexistente atitude a triste consequência

 só desejava a mais banal das existências
 alguma paz e boa companhia em minha residência
 mas por apenas metade disso eu poderia responder
 e assim contemplo, de meus planos, a falência

 o castelo de sonhos com frágeis fundações, desmoronou
 aquele sonho doce de partilha nem se realizou
 e agora, como antes, permaneço sozinha

 Apenas sigo em frente, a cuidar dessa vida que é só minha.

2 comentários:

  1. "O castelo do sonho com frágeis fundações desmoronou"

    Acho que é uma das coisas mais tristes da vida, Josi. Ver ruir o castelo dos nossos sonhos. Perceber que o que achávamos real, era uma mera ilusão... Dói. E pra esse tipo de dor, acho que só o tempo traz a solução.

    Lindo poema. E, em tempo, amo essa música!

    Beijos!

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    1. Obrigada, Malu! Sim, o tempo cura tudo. À cada fase da vida, seu devido tempo de maturação, faz parte. A gente segue aprendendo, se reconstruindo, se reinventado. Melhor quebrar a cara tentando, do que viver presa ao 'e se...' não é verdade? Ótimo te ver por aqui! Beijo grande!

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