sábado, 24 de janeiro de 2015

25 de janeiro


Aqui me perco e não me acho
Me enrolo, me enrosco e não desato

São Paulo de minhas dores
São Paulo dos meus amores

Suor e sangue correm na lida
Essa vida acelerada e corrida

Permaneço trabalhando sem descanso
Sonho com silêncio e paz no remanso

Agora levo a vida nesse supremo embaraço
Falta água, falta luz, falta tudo nesse espaço

São Paulo talvez tencione me matar dos nervos
Mas, mesmo hipertensa, lhe pego pelos cabelos

Tento assim mostrar quem é que manda aqui
Mas essa cidade é pujante como nunca vi

Uma rasteira sua me coloca em meu lugar
São 461 anos de prática 'ninja' secular

Fico feliz por fazer parte desta controversa história
Mas em outras paragens é que comemorarei minha glória

Por hora, juntas seguimos, apesar do torpor
Docemente emaranhadas em desilusão, ódio e amor

sábado, 17 de janeiro de 2015

Onírico

Me sinto leve, fluída e transbordante
E até sofro de alegria acachapante

Se te olho, me rio de forma desconcertante
Presença que me dá um bem estar arrepiante

E...

Um doce torpor ao meu corpo acolhe
A contragosto a lucidez me envolve

Acordo.

Apenas em sonho sua companhia permanece
Doce recordação que à minha mente entorpece

Na realidade, a cada dia, você apenas me esquece
Em sua memória sou lembrança que fenece.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Mesclados

Seu toque caloroso

Em meu corpo sinuoso

Nosso amor espaçoso

Um prazer escandaloso

Num abraço harmonioso

Encerra-se o ato primoroso

Seu olhar
                   cobiçoso...
                                       Permanece.