sábado, 24 de janeiro de 2015

25 de janeiro


Aqui me perco e não me acho
Me enrolo, me enrosco e não desato

São Paulo de minhas dores
São Paulo dos meus amores

Suor e sangue correm na lida
Essa vida acelerada e corrida

Permaneço trabalhando sem descanso
Sonho com silêncio e paz no remanso

Agora levo a vida nesse supremo embaraço
Falta água, falta luz, falta tudo nesse espaço

São Paulo talvez tencione me matar dos nervos
Mas, mesmo hipertensa, lhe pego pelos cabelos

Tento assim mostrar quem é que manda aqui
Mas essa cidade é pujante como nunca vi

Uma rasteira sua me coloca em meu lugar
São 461 anos de prática 'ninja' secular

Fico feliz por fazer parte desta controversa história
Mas em outras paragens é que comemorarei minha glória

Por hora, juntas seguimos, apesar do torpor
Docemente emaranhadas em desilusão, ódio e amor

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