sexta-feira, 17 de julho de 2015

Não me olhe nos olhos

Mar profundo de tribulações internas
Quem me vê em silêncio não pode imaginar
O quanto grito e me rasgo por dentro...
Na superfície: nada a me incriminar

Fujo de mim mesmo sem sair do lugar
D. Realidade, ela teima em me agarrar
Com auxílio da jornada ainda a completar
Movida pelas diversas contas a pagar

O semblante calmo esconde uma alma em tormenta
O caos em mim reverbera, se retorce intempestivo
Me atravessa suave e me orvalha a pele
Escorre pela ponta dos dedos
Marca o papel em forma de palavra

Tudo o que sou
Tudo o que de mim não sei
Poemas sem sentido, consentidos
Que ainda escreverei...

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